quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Estamos no final de outubro e todo mundo se anima a festejar! É ótimo este período para quem gosta de cozinhar, como eu. Uma querida amiga tem um atelier de gastronomia que é muito movimentado especiamente  agora , daí  fui lá dar uma mãozinha....
E me lembrei pq tem tantos homens na cozinha; é um trabalho bem 'puxado'!
Interessante que depois de um tempo sem enfrentar uma produção,  todas as habilidades tem que ser reaprendidas, velocidade, precisão.  Fascinante, mas cansativo.
No atelier produzimos de tudo, mas fico mais curiosa com a variedade dos finger foods. Criar pães, pastas, molhos para petisquinhos variados todos os dias é um super desafio! Depois tem a quantidade,  100, 300, 700, de cada!
O clima no atelier é muito gostoso apesar de tanto trabalho.  Todos se divertem e produzem muito.
Isso transparece na comida, com certeza.

 
Quando esta produção era a minha rotina, não sentia mais prazer , somente as dores no corpo, agora é estimulante produzir tanta variedade de comida num dia!
cortes e queimaduras voltaram a fazer parte da minha vida, fico me questionando   ate quando vou achar isso divertido?
Também está bom produzir muito e com pressão  porém com tanta paz e tranquilidade, sem aquela loucura que geralmente é uma cozinha industrial ou de restaurante.
Vamos fazer festa!
Ah! o atelier se chama Lorena Selvaggio Gastronomia!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Nos dias que fiquei na fazenda Malunga no Distrito Federal,   me aproximei demais da equipe do refeitório! Lógicamente eu não ia perder a oportunidade de poder cozinhar para quase 100 pessoas por refeição! Ainda mais numa fazenda orgânica!
Fiz doce de banana, maçã,  tortas salgadas, criamos juntos novas receitas para pratos e sonhamos com muitas novas receitas para produção em grande escala, mantendo o frescor e valorizando o maximo o sabor e nutriente de cada insumo.
O tempo foi pouco, nada , para tantas ideias e vontade de produzir.
Nos 2 dias que consegui contribuir com algum prato novo no cardápio do pessoal,   confirmei o quanto a comida feita com amor e apresentada com carinho,   muda o astral das pessoas, do lugar.
É muito reconfortante na pausa do almoço,comer algo feito com carinho, ser mimado pelo estomago.
bolo com doce de maçã,  o pedacinho que falta foi 'roubado' e aprovado!!!!
 
Meu primeiro prato no refeitório, no primeiro dia de Malunga (carne de panela, farofa de milho, zuchini cozida, feijao e muita salada )
Os funcionários chegando pro almoço
A entrada do refeitório, jardim lindo , capuchinhas delicia!
 
Muitos funcionários vão pro trabalho de bike, e outro tanto a pé.  Logo na entrada do refeitório tem um canteiro de capuchinhas, que eles não comem, aliás, isso me chamou a atenção,  quase não se usa ervas frescas,  os legumes  sempre ficam no rechaud.... Isso me animou a propor novas receitas pro cardápio. Ingenuamente imaginei que as pessoas que trabalham numa fazenda organica comeriam mais hortaliças.   De norte a sul do Brasil, a alimentação diária do brasileiro é focada no arroz, feijao, farofa e carne.   Pela falta de cultura gastronomica mesmo.  Acredito que oferendo bons pratos com legumes e verduras,  todos comeriam satisfeitos.
 
Depois fui conhecer o setor onde embalam os produtos, e sempre lamento que usam isopor , por exemplo. Porem ainda é uma exigencia do mercado, mesmo o de organicos. Contrasenso.
 
Embalando o mix de folhas
 
 
 
Ralando cenouras , tudo manual!
A fazenda Malunga é muito produtiva, próspera,   senti uma energia muito positiva com os funcionários que tive contato. Passeei bastante pela fazenda, e conversava um pouquinho com as pessoas que estavam trabalhando, pareciam bem satisfeitos. Acredito mesmo que um negocio com uma boa filosofia, um compromisso com o planeta e com as pessoas,  reflete nos trabalhadores comprometidos com o proposito alem do dinheiro,  essas pessoas são mais felizes.
Sinalização da cidade no meio da fazenda  :)
 
Pretendo conhecer mais e mais fazendas organicas pelo mundo! E pretendo mostrar sempre oque encontrar,  é muito importante informar para desmistificar a idéia que uma fazenda orgânica não é tão produtiva ou lucrativa.
Grata a Fazenda Malunga pela experiência!
 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Participando do festival Slow filme   http://www.slowfilme.com.br/  conheci o deputado Joe Valle e tive a oportunidade de ouvir a historia da sua fazenda Malunga  http://www.malunga.com.br/index.php fiquei encantada com a filosofia do Joe e pedi para visitar a fazenda,  fui prontamente atendita!  Sua esposa, a Clevane foi gentilissima e fiquei hospedada na casa da familia , os funcionários da fazenda foram muito generosos e prestativos. Tudo perfeito.
A fazenda é extremamente próspera.
"O modelo é a natureza. A Fazenda Malunga é uma propriedade agroecológica que trabalha com a integração de atividades , diversificação de culturas e o mínimo de perdas energéticas. Ela está comprometida com a auto-sustentação do meio ambiente e a qualidade dos alimentos que produz. Não utiliza agrotóxicos , veneno que mata tudo. Pelo contrário , o básico é manter a vida em todos os níveis . As nascentes , os rios , a vegetação espontânea são protegidos ; a vida na terra e no ar é preservada. Há mais de 20 anos a Fazenda Malunga trabalha com agroecologia , estando presente em praticamente todas as atividades ligadas à agricultura ecológica no D.F. , acumulando experiência para um trabalho sério e reconhecido em todo Brasil. "
Chegando na fazenda , fui conhecer os canteiros  e apareciam muitos animais pelo caminho principalmente répteis, sinal claro da não utilização de agrotóxicos.  A diversidade é fascinante, do lado dos canteiros de tomates (cobertos ) tinham funcionarios colhendo bananas,  os caminhos são marcados por margaridões e os canteiros são separados com cercas de cana de açucar.
Pés de tomate carregados, sem agrotóxico!


Canteiros de cenoura, rúculas, uma enorme variedade de alfaces
Fazenda colorida!
Produção de sucesso
Organizada ,  muita variedade, saudável
Nos outros dias na fazenda, conheci a produção de laticionios e claro , entrei na cozinha do refeitorio!
Conto mais no proximo post!
 




quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Continuando o post de ontem...
No periodo que fiquei na fazenda Morro Grande, aprendi muito sobre a rotina numa fazenda.
Sempre tem muita coisa para fazer.
Mig tirando a espuma da rapadura
Mesmo assim fiz varias experiencias gastronomicas, pq a fartura de ingredientes é muito inspiradora, e a Mig adora cozinhar e tem otimas receitas!
Queijo fresco que fiz com o leite da fazenda
Ravioli que fiz com a ricota caseira , pequi e amendoim, ficou bem gostoso!
Rosca mega macia que a Mig fez, receita da mãe do Janio!
Frango caipira com cebola torrada e cúrcuma, no prato de esmalte, e  com pirão de milho.
Muitas ervas frescas, isso faz toda a diferença na finalização de um prato.
Minha passagem pela horta de manha!
Pão de batata doce com porco desfiado!
Na fazenda tbem tem abate de animais, e a Mig fez um pão de batata doce recheado com o porco desfiado. Ficou super macio.
Sempre que a galinha cantava a gente saia em busca do ninho! Era muito divertido.
Não tirei fotos da cachaça pingando no balde,   e fui lá justamente para fazer pinga! Mas o cheiro, a expectativa dela começar a pingar,   a levedura pegar uma boa fermentação, tudo isso esta fotografado no meu coração!
Adorei cada dia que fiquei com eles na fazenda Morro Grande, espero voltar logo e muitas vezes!
 
 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Acabei de voltar de uma viagem incrivel em Goiás , que além de surpreendentemente lindo ,   tem muitas iniciativas de produção organica.
Impossivel não falar das pessoas maravilhosas que conheci la, tenho que voltar logo!
Com tantos ingredientes frescos, cozinhei e comi muito!
Pé de Jatobá na fazenda Avalon
Raizeiro Hilton mostrando cajuzinho do cerrado 
A experiencia começou na fazenda Avalon, onde fizemos uma caminhada na mata com raizeiros, depois tivemos uma experiencia no jardim de ervas ( com os olhos vendados)  e finalizamos com um almoço bem da fazenda!
La vi de perto a arvore do Baru , com frutos !  Também comi o po do jatoba! Acho que deve ser delicioso para fazer doces, não cheguei a experimentar.

Depois tive uma oportunidade muito enriquecedora na fazenda Morro Grande, com os adoráveis Mig e Janio!   Me senti mesmo em família e a fazenda é lindissima.
Fizemos cachaça, rapadura, melado, doce de leite, varios paes (com a levedura da cana !) rosca, ravioli, queijos,  frutas secas ,geleia, manjar, ganache, ufa! e tudo fresquissimo la da fazenda!
Janio apresentando o engenho e a cachaça do Bastos
Tutu de feijao com couve e porco desfiado
Pao de queijo da Maria
Levei vaca para a ordenha, fomos na feira vender porco e rapadura, a mãe da Mig , a Maria, fez pão de queijo,    todos os dias tinhamos muita coisa pra fazer,   eu adorei!
 
Pao caseiro feito com a levedura da cana
Mig preparando uma rosca deliciosa
Doce de leite de rapadura!
Nossa, fiz tanta coisa nessa viagem que não cabe num post!  Assim que der continuo a historia!